Entenda tudo sobre depressão. Sintomas físicos, sintomas emocionais, formas de alívio e saiba como é o tratamento com um profissional.
Muita gente acaba confundindo e até usando os termos errados quando o assunto é depressão. É muito comum a gente ouvir, por exemplo, que tal pessoa perdeu a alegria de viver e está depressiva. Ou que fulano está muito triste e deve estar com depressão.
É preciso ficar claro que depressão não é o contrário de felicidade. É mais correto e adequado dizer que a pessoa perdeu a vitalidade e a energia para fazer as coisas que costumava fazer até então.
Neste artigo você vai saber tudo sobre depressão, desde os sintomas e causas até o tratamento.
SUMÁRIO
- O que é Depressão
- Como identificar a Depressão
- Os principais sintomas de Depressão
- Os principais sintomas físicos de Depressão
- Os primeiros passos para lidar com a Depressão
- Depressão nos Relacionamentos
- Depressão Infantil
- Tratamento para Depressão
- Psicólogos que atendem casos de Depressão
1. O que é Depressão
A depressão, ao contrário do que muito se ouve por aí, é uma doença psiquiátrica que faz parte da cadeia de enfermidades que atinge milhões e milhões de pessoas no mundo todo.
A depressão é uma doença que envolve o corpo, o humor e os pensamentos. Ela interfere no cotidiano, nas relações sociais, nas relações familiares e também nas relações do âmbito profissional. Deixa triste à pessoa acometida do transtorno, como também todas as pessoas que se preocupam com ela.
Um distúrbio depressivo não é algo relacionamento à personalidade e não é um sinal de fraqueza pessoal ou uma condição que se escolhe, tanto para entrar como para trata-la. Não basta para a pessoa com depressão “se acalmar” e melhorar.
A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Tal como acontece com inúmeras outras doenças. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz e maior a probabilidade de evitar reincidência da doença.
Ninguém está livre de sentir tristeza e ficar aborrecido e desanimado. Estes sentimentos fazem parte da vida de qualquer pessoa.
Porém, quando o vazio, o desânimo, o desespero, a falta de concentração, o abatimento, a melancolia e a apatia tomam conta da pessoa impedindo que ela siga sua rotina pessoal e de trabalho, é hora de buscar ajuda e orientação especializada.
O psicólogo é o profissional ideal para tentar entender junto ao paciente o que está ocorrendo. Ele pode avaliar, através da psicoterapia, se é o caso é de depressão ou apenas um episódio de tristeza e desânimo.
1.1 Falta de interesse e esgotamento também são sintomas de depressão
Apontada como o mal do século, tamanho o número de pessoas que tem atingido nos últimos tempos, a depressão é uma doença silenciosa e cercada de preconceitos, o que a torna ainda mais grave.
Por vergonha, medo ou desconhecimento, muitos que sofrem deste mal não a entendem como um real perigo à saúde. É neste contexto que a ajuda de um psicólogo é fundamental!
Confundida muitas vezes com desânimo ou tristeza profunda, a depressão não recebe a devida atenção do paciente. Isso causa o seu agravamento, trazendo uma série de consequências para o indivíduo e para os que vivem à sua volta.
Quando o humor diminui e a pessoa passa a não ter prazer nas coisas que antes a alegravam e davam uma sensação de satisfação é sinal que algo está errado.
A falta de interesse pelos familiares antes tão amados, amigos antes tão queridos, opções de lazer anteriormente esperadas e trabalho até então levado tão seriamente também pode indicar que a depressão está se instalando.
Ela afeta a saúde e o bem-estar da pessoa fazendo, com que se sinta esgotada após tarefas simples.
Outro sintoma da depressão é quando tudo parece ter perdido o sentido. São comuns os relatos de pessoas que passaram pelo processo de depressão dando conta de que não viam mais graça em viver e, nos casos mais extremos, pensaram até em colocar fim na sua própria vida.
A tormenta física e emocional é tamanha que podem aparecer dores pelo corpo, enjoos, diarreias, tonturas, insônia e irritabilidade, entre outros.
1.2 Conheça 5 sinais que podem indicar que uma pessoa está com depressão
- Tristeza profunda: Este é o maior causador da confusão para identificar ou não a depressão. Todos nós temos momentos de tristeza e desânimo. Às vezes, passamos por períodos em que parece nada dar certo, mas isto é diferente do sentimento de tristeza que nos paralisa e nos deixa inertes, sem ânimo ou disposição para tarefas do dia a dia e até para aquelas que até então nos davam prazer. Ficamos com uma única vontade: permanecer sozinhos num canto, chorando. Neste caso, é algo muito maior que uma simples tristeza e pode ser sinal de depressão.
- Pensamentos negativos recorrentes, do tipo: “não sou nada” e “a vida não vale a pena”. Esses são pensamentos que invadem a mente da pessoa depressiva. O negativismo acerca de tal forma que não consegue ter nenhum pensamento positivo sobre si mesmo, sobre a situação que está vivendo e sobre tudo que a cerca. Uma mente que só tem pensamentos negativos possivelmente é uma mente doente e que precisa de ajuda profissional de um psicólogo.
- Desinteresse: isolamento, necessidade de abandonar o trabalho, falta de interesse nos relacionamentos, irritabilidade e melancolia são alguns comportamentos que podem identificar a depressão. É importante ouvir os alertas das pessoas ao redor. Muitas vezes, elas conseguem identificar mais rapidamente o problema do que o próprio indivíduo que está com depressão. Isto porque estão com mais capacidade e clareza para observar as mudanças comportamentais.
- Desleixo: A autoestima chega a um nível tão baixo que a pessoa não quer nem pensar em se cuidar ou se arrumar. Alguém que sempre se manteve apresentável, bem vestido e, de repente, muda totalmente este comportamento pode estar perdendo o interesse pela vida, movido pela depressão.
- Sintomas físicos: como alterações do sono, alterações do apetite, desconfortos abdominais e digestivos, dores de cabeça e dores musculares.
Qual é o seu nível de:
ANSIEDADE
ESTRESSE
DEPRESSÃO
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2. Como identificar a Depressão
Não são raros os casos de pessoas que sofrem de depressão, mas confundem a síndrome com uma tristeza profunda. O maior problema de não identificar os sintomas da depressão é que o paciente não tem acesso ao tratamento adequado.
Esta é uma doença que interfere em todos os aspectos da vida: faz com que a pessoa se afaste dos amigos, apresente dificuldade para se concentrar no trabalho e se sinta constantemente exausta, avisam os psicólogos. Para evitar tudo isso, é essencial diagnosticar a depressão e iniciar o processo de cura o quanto antes.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem com os sintomas da depressão. Este é um dado alarmante, especialmente quando consideramos o quanto a síndrome interfere na qualidade de vida das pessoas.
A falta de interesse por atividades que antes proporcionavam alegria, por exemplo, é uma das consequências da doença.
Mas como saber se a repentina apatia perante a vida é um alerta de depressão? É importante considerar que esta é uma síndrome caracterizada por um conjunto de sintomas.
Se você apresenta apenas um quadro de desânimo, causado por um trauma recente, como o término de um relacionamento ou a morte de um parente, é provável que esteja sofrendo de uma tristeza passageira. Os sintomas da depressão costumam não apresentar causa aparente e estão presentes em diferentes momentos e aspectos da vida.
Se não identificada e tratada de maneira correta, a depressão pode levar ao total isolamento e até ao suicídio. Por isso, é preciso ficar atento.
Além do tratamento com psicólogos, muito recomendado nestes casos, pode haver a necessidade de complementação com medicamentos – lembrando que a prescrição destes deve ser feita por médicos psiquiatras.
Para que você possa ter mais condições de entender se o que você ou algum dos seus familiares está passando é uma depressão e exige cuidados profissionais, separamos uma lista de sinais.
2.1 Conheça 13 sinais de que uma pessoa está com depressão
Aprender a lidar com a depressão não é fácil. Mas é preciso encarar e não hesitar em buscar o tratamento adequado que, não só existe, como apresenta grandes chances de cura.
Independentemente das possíveis causas e das peculiaridades de cada situação, as áreas médica e psicológica têm estudado muito o tema e oferecem alternativas que ajudam as pessoas a diminuírem os seus níveis de depressão e ter o alívio total da angústia provocada por ela.
Listamos, a seguir, 13 comportamentos que podem indicar depressão:
- Ficar sem dormir por horas seguidas à noite ou dormir demais durante o dia;
- Sentir-se sem esperança, solitário e desamparado;
- Ficar irritado e de mau humor sem razões aparentes;
- Ter dificuldade de concentração numa atividade profissional ou de lazer, como assistir a um filme ou ler um livro;
- Perder o controle sobre seus próprios pensamentos – confusão mental;
- Ter somente pensamentos negativos;
- Achar que não vale a pena mais viver por não encontrar sentido nas coisas;
- Se sentir incapaz de realizar, raciocinar e agir;
- Perder o apetite sexual sem nenhuma razão aparente;
- Ter uma drástica mudança de apetite: comer muito mais que antes ou muito menos;
- Ter a sensação que o organismo está sem energia;
- Achar que todos estão te observando ou te escondendo coisas importantes;
- Ter dores que mudam de lugar.
3. Os principais sintomas de Depressão
Irritação, fadiga, dores físicas… Os sinais de depressão vão muito além da tristeza profunda. Gostaria de conhecê-los? Então continue a leitura no artigo abaixo.
Você sabia que existem muitos outros sinais de depressão além da tristeza, desespero e desesperança? E isso pode ser o motivo que impede as pessoas de buscarem a ajuda de um psicólogo.
Os sinais de depressão podem variar de pessoa para pessoa e também de acordo com a gravidade e o tipo de depressão que você está sofrendo.
Embora muito se fale sobre depressão e o vocabulário tenha sido incorporado pelo senso comum, nem sempre se tem claro quais são suas reais características e sintomas.
É bastante comum ouvir as pessoas dizerem que se sentem depressivas quando na verdade se sentem frustradas, tristes ou decepcionadas.
A variação nas emoções humanas é natural e ocorre em resposta aos eventos do dia a dia.
A depressão, contudo, é um estado clínico muito mais severo, persistente e, embora seja de alta gravidade, é comum que a pessoa que sofre de depressão encontra extrema dificuldade de comunicar seu estado e pedir por ajuda, aconselham os psicólogos.
Para ficar mais fácil, vamos dividir os sinais de depressão em 3 grandes categorias: psicológica, física e social. Também é importante saber que esse artigo é um guia para ajudá-lo a identificar se você tem ou não sinais de depressão.
Mas, tenha em mente que o diagnóstico só pode ser dado por um psicólogo! Portanto, se suspeitar que tem depressão, procure o quanto antes o auxílio de um profissional. Quanto mais cedo você diagnosticar, mais fácil e eficaz será o tratamento.
3.1 Sintomas psicológicos da depressão
- Sentimentos intensos de tristeza: você pode estar tão para baixo que isso irá afetar seu raciocínio, sua capacidade de funcionar e até mesmo se cuidar;
- Sentimento de culpa;
- Sensação de inutilidade e desespero. Você irá se sentir incapaz de ver uma saída para sua depressão;
- Ansiedade. Sim, ela também pode ser sinal de depressão;
- Choro compulsivo. Se você percebe que está chorando mais que o normal e se tornando emotivo sem nenhuma razão aparente;
- Pensamentos suicidas. Não só é sinal de depressão como precisa de muita atenção e alerta;
- Irritabilidade. Pessoas com depressão podem ficar com raiva por motivos insignificantes e descontando nas pessoas mais próximas;
- Incapacidade de se concentrar;
- Indecisão;
- Embotamento afetivo;
- Falta de interesse na própria aparência física e descuido com a higiene pessoal;
- Abuso de drogas e álcool. O abuso de substâncias pode dificultar sua recuperação e pode levar a mais problemas psicológicos.
3.2 Sintomas físicos da depressão
- Alterações de apetite – aumento ou redução do apetite, o que também pode resultar em oscilações de peso;
- Baixa energia/fadiga excessiva;
- Agitação psicomotora (sendo inquieto ou incapaz de ficar parado);
- Retardo psicomotor (lentidão dos movimentos);
- Distúrbios do sono, incluindo insônia. Seu sono pode estar prejudicado porque você não consegue se “desligar” das emoções negativas, ou acha que está dormindo por muitas horas e tem dificuldades de sair da cama;
- Dores inexplicáveis;
- Problemas digestivos inexplicáveis;
- Disfunção sexual, incluindo diminuição da libido.
3.3 Sintomas sociais da depressão
- Isolamento – não querendo se encontrar com familiares e amigos. O resultado disso é que, ao tornar-se ainda mais isolado, você acaba agravando a depressão;
- Falta de interesse em atividades que você gostava. Os hobbies que antes eram importantes para você agora não mais lhe interessam;
- Redução do desempenho no trabalho ou escola. Como a depressão pode reduzir a concentração e a motivação, naturalmente você perde desempenho;
- Dificuldades de relacionamentos interpessoais;
- Incapacidade de gerenciar tarefas do dia a dia.
4. Os principais sintomas físicos de Depressão
Embora seja comum a crença de que pensamentos são elementos abstratos de nossa personalidade, eles estão mais conectados ao nosso corpo físico do que se imagina.
Isso acontece porque muitos dos nossos sentimentos são resultados de uma complexa rede bioquímica que não age isolada apenas em nosso cérebro, já que nosso sistema nervoso se expande em forma de rede por todo o nosso corpo, das terminações nervosas da sola dos nossos pés até as células capilares de nosso couro cabeludo.
Segundo dados do departamento de psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, os casos da doença que estão associados a sintomas físicos como a dor, chegam a 60% do total.
Isso acontece porque a depressão é um quadro psíquico muito intenso, sendo capaz de gerar uma série de alterações físicas recorrentes que, embora possam trazer um grande desconforto para os pacientes, auxiliam no diagnóstico da doença, permitindo uma busca mais rápida por tratamentos que aliviem os sintomas.
Confira quais são os principais sinais físicos de um quadro depressivo:
4.1 Problemas digestivos
Dores no sistema gastrointestinal, prisão de ventre e até a ocorrência da Síndrome do Intestino Irritado são comuns em pacientes que sofrem de depressão.
4.2 Distúrbios do sono
Pacientes com quadros depressivos podem apresentar três distúrbios comuns do sono: dormir demais, não conseguir dormir ou conseguir dormir, mas acordar diversas vezes durante a noite. A pouca quantidade de horas de sono ou a baixa qualidade dessas horas faz com que o paciente se sinta sem energia, tenha dificuldades em ter iniciativa para fazer suas atividades rotineiras e sinta uma constante sensação de fraqueza.
4.3 Dores musculares e cefaleia
As dores nos ombros e na nuca e as dores de cabeça são outros sinais físicos da depressão. O paciente que sofre desse quadro costuma descontar sua ansiedade e preocupações excessivas em um estado de tensão muscular que leva a dores localizadas.
4.4 Cansaço excessivo
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Além de ser causado pelos distúrbios do sono, o cansaço do deprimido é mais profundo: seu cérebro não está produzindo quantidades suficientes das substâncias necessárias para que ele se mantenha alerta e com ânimo. Como consequência, o paciente perde produtividade e sente dificuldades em realizar suas tarefas diárias, tanto em casa quanto no trabalho.
4.5 Distúrbios alimentares
Tanto o aumento do apetite quanto a falta de fome podem ser sinais físicos da depressão. O aumento de apetite pode levar a um ganho de peso visível, enquanto a alimentação inadequada, além de minar a saúde do corpo em geral, pode levar ao desenvolvimento de outros distúrbios alimentares mais graves, como a anorexia e a bulimia.
4.6 Sistema imunológico
O nosso sistema imunológico é um dos primeiros a sofrer com alterações químicas do nosso corpo. Quando ele não está funcionando da forma como deveria, ficamos suscetíveis a desenvolver uma série de outras doenças, como gripes e resfriados, viroses, conjuntivites, alergias e doenças causadas por fungos.
Se você apresenta algum desses sintomas, somados a uma sensação de tristeza, pessimismo e/ ou melancolia, é muito importante buscar a ajuda de um profissional especializado para detectar a doença e iniciar seu tratamento.
A depressão é uma doença psicológica que abala a nossa autoestima, faz diminuir a nossa energia e parece acabar com toda e qualquer vontade que temos – inclusive a de procurar ajuda para resolver o problema.
Receber este diagnóstico de um especialista pode ser chocante logo no início e, por isso, muitas pessoas ficam sem saber o que fazer ou como reagir.
Mas é importante ter em mente que o diagnóstico é o primeiro passo para a cura e que, a partir dela, o paciente pode procurar formas de melhorar e de lutar contra a doença.
Depois de receber o diagnóstico por um especialista da saúde, a primeira coisa que se deve fazer é entender o que é a depressão e aceitá-la como uma doença que pode e deve ser tratada.
As causas exatas das alterações intensas no humor geradas pela depressão ainda não são precisas, mas sabe-se que um desequilíbrio no funcionamento dos neurotransmissores está diretamente ligado a elas, assim como muitos outros fatores emocionais e psíquicos estão relacionados a esta doença de alta complexidade.
É importante entender o que é a depressão para evitar que surjam sentimento de culpa ou até mesmo vergonha por estar passando por esta situação: todos estamos suscetíveis a ela e não há razão para ter medo de assumi-la.
Para algumas pessoas, esta tarefa é especialmente difícil por questões de orgulho e falta de conhecimento sobre o que realmente significa ter depressão, e nestes casos é de fundamental importância procurar conhecer mais sobre a doença.
5.1 Como aliviar os sintomas da depressão
- Admita que você tem um problema e se comprometa a trabalhar positivamente para um melhor estado de espírito.
- Fale com sua família ou amigo de confiança sobre como você está se sentindo. Compartilhar o problema pode aliviá-lo.
- Anote 3 coisas positivas sobre a sua vida todas as noites antes de dormir e reflita sobre elas quando acordar de manhã.
- Faça um plano de “onde você quer estar” emocionalmente, mentalmente, espiritualmente e fisicamente. Planeje pequenos passos para chegar lá.
- Certifique-se de fazer bastante exercício físico. Eles estimulam a produção dos hormônios da felicidade no cérebro, conhecidas como endorfinas, que causam uma melhora em seu humor. Até mesmo uma caminhada diária dá resultado.
- Tente dormir o suficiente. A depressão pode dificultar uma boa noite de sono, mas há alguns hábitos que você pode adotar para aumentar a probabilidade de você conseguir dormir adequadamente. Por exemplo, tente ir para a cama e acordar à mesma hora todos os dias. Remova distrações e aparelhos eletrônicos, como a TV e o celular do seu quarto.
- Defina uma programação diária positiva para reintegrar alguma estrutura em sua vida. Por exemplo, tente cozinhar em certas horas do dia e reserve um tempo para se exercitar ao ar livre.
- Evite fazer uso de substâncias como álcool e drogas.
A depressão pode ser uma doença silenciosa e nada óbvia. Por isso, um psicólogo é fundamental para diagnosticar e recomendar tratamento mais adequado, como a terapia.
Se perceber que seu perfil tem forte indicativo de depressão, procure ajuda. Cuide de você e permita-se ser feliz.
6. Depressão nos Relacionamentos
Lidar com a depressão em um relacionamento é desafiador. Entender o que se passa com o outro é necessário, pois a depressão afeta diretamente a qualidade de vida entre os parceiros.
Eu elaborei um artigo exclusivo sobre esse tema. Confira em Como lidar com a depressão em um relacionamento
7. Depressão Infantil
A depressão infantil é ainda um grande tabu em nossa sociedade. Muitos acreditam que, pela infância ser uma época considerada feliz e sem grandes responsabilidades, seria impossível que uma criança entrasse em depressão.
No entanto, a depressão é uma doença psiquiátrica que tem causas neurológicas e bioquímicas e, por isso, pode afetar seres humanos de qualquer idade e estágio de desenvolvimento, aconselham os psicólogos.
Nesse tópico vamos falar sobre a depressão infantil, como ela se apresenta e quais são os principais sinais sentidos pelas crianças.
A depressão infantil pode ocorrer da mesma forma que nos adultos: por causa de alguma dificuldade que ela está enfrentando em sua vida, como ter que lidar com alguma deficiência física ou bullying na escola, ou após algum evento traumático, como a perda de um ente querido ou a separação dos pais.
No entanto, assim como nos adultos, a depressão infantil também pode ocorrer sem nenhum evento ou causa aparente, e quanto mais cedo for diagnosticada maiores as chances de um tratamento bem-sucedido.
7.1 Sintomas de depressão infantil
Desanimo e frustração são sintomas comuns tanto em crianças em adultos. Por não serem tão articuladas e terem mais dificuldade de lidar com seus problemas emocionais devido a imaturidade decorrente da idade, as crianças costumam somatizar suas emoções, queixando-se bastante de dores e outros sintomas físicos.
Outros sintomas também são comuns, como o mau humor, a irritabilidade e um comportamento agressivo, desobediente e provocativo.
É claro que, para serem considerados sintomas de depressão, esses comportamentos devem durar mais do que seis meses e serem acompanhados de outros sinais, bem como devem ser diagnosticados de um profissional.
Os principais sinais a serem observados no comportamento de uma criança com suspeita de depressão são os seguintes:
- Falta ou excesso de apetite;
- Distúrbios de sono, com pesadelos e choro na hora de ir para a cama;
- Baixa autoestima e sentimento constante de culpa;
- Agressividade descontada em brinquedos ou animais de estimação;
- Isolamento e, ao mesmo tempo, medo de ficar sozinha;
- Perda de interesse em atividades que anteriormente se interessava;
- Não se sente mais estimulada por nenhum tipo de brincadeira;
- Dificuldades em se manter concentrado e focado em uma atividade;
- Dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento escolar;
- Envolvimento em um maior número de pequenos acidentes.
7.2 Diagnóstico e tratamento para depressão infantil
A depressão infantil pode ser tratada de duas maneiras: com medicação e com psicoterapia, sendo comum uma combinação dos dois tratamentos, a depender do caso e em conformidade com as orientações médicas.
Como as crianças respondem melhor ao tratamento, em muitos casos não é necessário o uso de medicamentos ou, caso sejam necessários, o período de sua utilização é muito mais curto que dos adultos. No entanto, o diagnóstico da depressão infantil é complexo e podem ser necessárias várias consultas com um profissional para que a doença seja de fato diagnosticada.
Além disso, é preciso descartar uma série de outros distúrbios ou síndromes comuns em crianças, como o déficit de atenção e hiperatividade, além de características que podem ser confundidas como um sintoma, como a agressividade, mas na verdade fazem parte da personalidade natural da criança.
O tratamento deve envolver toda a família e a participação dos pais é muito importante nesse período para que a criança trate o episódio satisfatoriamente, de modo a não apresentar outros quadros depressivos quando adulta.
Além da psicoterapia e remédios, estes sempre receitados por um médico, é de extrema importância que seja montada uma rotina saudável de atividades escolares, alimentação adequada, exercícios físicos e momentos de lazer, para que a criança seja imersa em um ambiente estimulante e, ao mesmo tempo, confortável.
Procurar a ajuda de um psicólogo o mais cedo possível é o primeiro passo para que a criança seja aliviada de seus sintomas físicos e emocionais.
8. Tratamento para Depressão
A depressão cada vez mais tem sido manifestada em diversas fases da vida (infantil, adulta e velhice) e em pessoas de classes sociais distintas.
O que deixa claro que independentemente se pertence à alta sociedade ou não, se possui nível escolar superior ou não, se tem bens materiais ou não, corre-se o risco de ser “afetado” por esta doença que ora se manifesta com mais intensidade e ora não.
Diferente de episódios de tristeza, nos quais é comum a pessoa se sentir amargurada por viver dificuldades econômicas, morte de alguém querido, frustação no trabalho etc., e que ainda assim tem condições de lidar com as circunstâncias e encontrar uma alternativa melhor para viver, no quadro depressivo, as chances de uma pessoa conseguir se recuperar das rasteiras da vida e seguir em frente sem ajuda, são quase nulas.
Uma vez diagnosticada a depressão, começa-se o tratamento psicológico, podendo este acontecer em conjunto com um psiquiatra e medicamentos prescritos por ele.
As psicoterapias orientadas à depressão são bastante efetivas! Este estilo de terapia foca nos sintomas do transtorno, onde o psicoterapeuta, após uma avaliação psicológica e o psicodiagnóstico feito, estabelecerá junto ao paciente os objetivos do tratamento e desenhará um plano de tratamento focando nesta solução.
Costuma-se aplicar um inventário de humor periodicamente, assim temos uma visão cronológica de como está acontecendo os resultados.
Desta forma, conseguimos analisar o desempenho do paciente e juntos discutir sobre tais resultados e possíveis dificuldades encontradas no meio do caminho, a fim de solucioná-las.
Após o diagnóstico, o tratamento consiste em acompanhamento médico periódico e, paralelamente, ocorre a psicoterapia, que costuma ser muito eficaz nos quadros mais leves dispensando o uso de medicação nesses casos.
Já quando o quadro depressivo é caracterizado de maior gravidade, geralmente quando compromete o bem-estar da própria pessoa e/ou com quem convive, a utilização de antidepressivos se faz necessária mediante prescrição médica.
Para que a eficácia do tratamento tenha maior chance de acontecer, é importante que o diagnóstico seja precoce, o que diminuirá mais rapidamente o sofrimento do paciente.
Portanto, se você se sente muito triste, desanimado, sem prazer de viver, procure ajuda de um psicólogo, quanto antes tiver auxílio, mais rápido poderá retomar a vida que vivia.
Como Escolher seu Psicólogo
Nesse guia completo você vai conhecer tudo sobre psicólogos e psicoterapia. A escolha do psicólogo certo para você envolve diversos fatores. Descubra aqui.
COMO ESCOLHER O SEU PSICÓLOGO
Neste momento, tenha em mente que existem diferentes formas de tratamento que vão se adequar melhor, dependendo da gravidade de cada caso e da capacidade de aceitação de cada um.
Em alguns casos, é recomendado o uso de medicamentos antidepressivos que ajudam a equilibrar os neurotransmissores e restaurar as percepções normais das emoções.
No entanto, os medicamentos sozinhos não são suficientes para resolver o problema. Por se tratar de uma doença de origem tanto física quanto psicológica, é fundamental que um tratamento completo seja feito com o apoio de um psicólogo.
8.1 Como um psicólogo pode ajudar um paciente com depressão:
A terapia é parte fundamental de qualquer tratamento para depressão. Um psicólogo ajuda a identificar as origens do problema, que podem ser surpreendentes até mesmo para o próprio paciente.
É importante ressaltar que, ao contrário do efeito dos psicoterápicos, os resultados da terapia demoram mais para serem sentidos. No entanto, eles são de longo prazo: duram mais por tratarem a raiz do problema.
Com o passar do tempo e conforme os problemas forem trabalhados em sessões com um psicólogo, o paciente deve recuperar a energia e o apetite, voltar a dormir bem e sentir mais motivação para atividades cotidianas.
Entretanto, é preciso entender que a depressão é uma doença que não pode ser combatida por conta própria. A família e os amigos também são aliados importantes nestes momentos difíceis, mas é necessário poder contar com o apoio de profissionais capacitados que ajudem a enxergar a luz no fim do túnel.
9. Psicólogos que atendem casos de Depressão
Thais Pamplona
CRP 113309/06
Especialista há quase dez anos na abordagem Humanista, possui curso de extensão em Terapia Cognitivo Comportamental, vasta experiência com atendimentos de adultos e terapia de casal…
Clarissa Karnaks
CRP 112399/06
Especialista em Gestalt e Humanista, cursos extensão entre eles pelo Instituto de Gestalt de São Paulo. Foco em adultos, casais, ansiedade, relacionamentos, estresse, profissão, depressão…
Marcela Paes
CRP 91490/06
Atua com Terapia Cognitivo Comportamental, certificada em Thetahealing pelo ThetaHealing Institute, focada em casos de ansiedade, relacionamentos, casais, carreira e profissão…
Rosana Ferreira
CRP 111626/06
Pós graduanda em Neuropsicologia, atua com Terapia Cognitivo-Comportamental, pós graduada em Gestão Empresarial, vasta experiência em liderança e gestão de pessooas…
Cristiane Zanoelo
CRP 78564/06
Pós graduada em Neurociência e Psicologia Aplicada pela Universidade Mackenzie. Possui certificação em Coach e Análise Comportamental pela SLAC…
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Fonte dos dados da pesquisa mencionada: https://bit.ly/3oLoxvq
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