O término de um relacionamento é quase sempre uma situação difícil. Ainda que as pessoas sintam coisas diferentes, especialmente dependendo do contexto do término, a sensação que fica é de perda e frustração.
Não é apenas o fato de não ver o ex-cônjuge, que um dia foi considerado “a pessoa certa”, com tanta frequência. São expectativas, planos e sonhos que são forçados a passar por transformações bruscas. Quando você imagina passar o resto da vida (ou grande parte dela) com uma pessoa e isso não acontece, como reagir?
Uma mistura de emoções e pensamentos que, embora pareçam não fazer sentido, é experienciada por quem passa por um término. Psicólogos afirmam que ela precisa ser processada para que os ex-cônjuges consigam seguir com as suas vidas.
As diversas faces do término
Quando um casamento termina em divórcio, é quase sempre uma situação triste. Mesmo que ambos os cônjuges tenham chegado a um consenso ou que uma pessoa tenha escapado de um relacionamento abusivo, as emoções negativas podem ser predominantes.
É preciso repensar muita coisa quando um casamento acaba. Questões acerca da criação dos filhos e do novo modo de vida dos pais separados são discutidas exaustivamente. Palpites dos avós, sogros e outros familiares podem ser invasivos e acabar estimulando conflitos.
A situação financeira, moradia, escola das crianças, novos parceiros, guarda compartilhada e outros fatores também costumam ser temas frequentes de discussões entre os pais.
O término de um namoro causa emoções similares. A perda de um cônjuge amado é a perda de um companheiro, confidente, porto seguro e, sobretudo, amigo. A saudade logo aparece e pode incentivar os ex-cônjuges a buscarem aquele familiar apoio e carinho uns nos outros.
Quando relacionamentos turbulentos chegam ao fim, as pessoas normalmente ficam felizes por se livrarem de alguém que lhes causava mal.
No entanto, podem ficar frustradas por terem perdido tanto tempo com um indivíduo assim, irritadas consigo mesmas por não terem tomado a decisão de terminar antes, aliviadas por estarem solteiras novamente e tristes por não terem tido uma experiência positiva.
Sendo assim, o término de um relacionamento não se trata apenas de “não ver o ex-parceiro”. Há muitos fatores emocionais que dificultam a superação dessa situação, como quebra de expectativas, modificação de planos e aquisição de novas ideais e crenças tanto sobre relacionamentos quanto sobre si mesmo.
Como superar o término de um relacionamento?
Como ficar bem após o término de um relacionamento amoroso, seja namoro ou casamento ou até mesmo relações casuais? Por mais doloroso que possa ser, é possível superar um término. Muitos já fizeram isso e é provável que uma boa parcela faça de novo.
Há quem evite terminar um relacionamento por medo de sofrer. A sintonia com o parceiro já não é a mesma, mas a pessoa faz de tudo para não sentir a dor da perda daquele laço. Ela sabe que terá que levar a vida de outra forma após o término, então aguenta o mal-estar emocional.
Essa decisão é compreensível, pois ninguém gosta de sofrer, não é mesmo? Entretanto, ficar com alguém por medo de sofrer ou de ficar sozinho, por pena ou por comodismo causa mais sofrimento que um término.
Quando você decide fazer isso, está escolhendo se anular diante da vida. Essa anulação do “eu” leva à estagnação e insatisfação, além de provocar depressão e ansiedade.
Às vezes, o término é a melhor opção para ambos os cônjuges e, portanto, deve ser tomada. O amor, carinho e afeto ainda podem estar presentes, mas não serem o suficiente para fazer o relacionamento dar certo.
Se você recentemente terminou o seu relacionamento, confira abaixo as nossas dicas para superar essa fase difícil.
1. Foque em você
Em diversos momentos da vida, você precisará priorizar o autocuidado para conseguir viver bem e feliz. O término de um relacionamento costuma ser um desses momentos.
Comece a focar em suas necessidades emocionais. Saia com seus amigos. Faça uma viagem curta. Reflita sobre o que você pode aprender com essa experiência e o que mudou em seu jeito de ser e pensar sem que você tenha percebido.
A introspecção é benéfica para você digerir sensações desagradáveis e entender como a situação chegou a esse ponto.
Pensamentos de culpa e medo podem passar por sua cabeça nos primeiros dias ou semanas após o término, mas procure ignorá-los. Eles não vão lhe ajudar a se sentir melhor e seu conteúdo muito provavelmente não tem ligação com a realidade.
2. Não procure culpados
Procurar culpados é algo que muitos ex-cônjuges fazem. Na tentativa de encontrar respostas, podem jogar a culpa do fim do relacionamento no outro ou se responsabilizar inteiramente por ela.
Encontrar culpados nesse contexto não vai reduzir o seu sofrimento nem o ajudar a entender o porquê de a relação não ter dado certo.
Um relacionamento entre duas pessoas é muito complexo. Sentimentos, sonhos, medos, traumas, anseios e idealizações estão envolvidos, portanto, não vale a pena dissecá-lo para encontrar um ou mais razões exatas para justificar o seu fim.
Aceite que ambos podem ter feito coisas (ou deixado de fazer) que corroboraram para o término. Procure os aprendizados presentes nessa vivência para que seus próximos relacionamentos sejam melhores. Se você ficou insatisfeito com uma atitude que teve, procure não a repetir com outro cônjuge.
Essas atitudes são mais sadias do que tentar descobrir quem é mais culpado pelo término, além de ajudarem você a crescer como pessoa.
3. Mantenha-se na realidade
Os Psicólogos
Conheça a equipe de psicólogos do nosso consultório. Confira o perfil e área de atuação de cada profissional.
A EQUIPE DE PSICÓLOGOS
Algumas pessoas sentem que essa situação é o fim do mundo e, após perder um parceiro amado, nunca mais serão felizes ou encontrarão alguém capaz de amá-las como elas são.
Esses pensamentos precisam ser evitados, pois raramente tem embasamento na realidade. Às vezes, queremos ficar bem com o ocorrido rapidamente ou nos colocar na posição de vítima para massagear o ego.
Há, ainda, indivíduos que internalizam crenças negativas sobre os outros (“os homens/mulheres são horríveis”) ou si mesmos (“sou incapaz de ser amado”) e passam a sabotar relações futuras. Sem querer, eles mesmos colaboraram para que seus maiores medos se tornem realidade.
Assim, é importante procurar ver a situação como ela é e não se deixar levar por devaneios improdutivos ou alimentar ilusões.
4. Permita-se conhecer novas pessoas
Pode levar meses ou anos para que você supere o fim de um namoro ou casamento. Cada pessoa tem um tempo para digerir um acontecimento desagradável, por isso, não se culpe se você demorar para se sentir pronto para namorar novamente.
Quando esse momento chegar, permita-se conhecer novas pessoas, viver novas experiências e se apaixonar novamente. Aproveite cada uma dessas vivências sem medo.
Compreenda que o sofrimento é uma possibilidade em qualquer área da vida, não apenas nos relacionamentos. Por exemplo, você pode ser demitido do trabalho a qualquer instante, mas a possibilidade de sofrer com uma demissão não impede que você trabalhe, certo? A mesma mentalidade deve ser aplicada aos relacionamentos!
Cuide, no entanto, para não elevar expectativas sobre seu parceiro e o andamento da sua relação.
O seu maior sonho pode ser encontrar a sua alma gêmea, mas você não saberá se encontrou a pessoa certa até conhecê-la de verdade. Para isso, é preciso ter calma e viver um dia após o outro.
5. Não se apegue ao passado
Outra dica para voltar a namorar após um término é não se apegar a experiência passada. Não espere que o seu cônjuge atual tenha os mesmos comportamentos do anterior. O passado não está relacionado ao presente!
Muitos indivíduos prejudicam os seus relacionamentos ao compararem seus parceiros ou permanecerem à espera do mesmo sofrimento vivenciado no passado. É preciso ter inteligência emocional para separar o que aconteceu do que ainda está sendo vivenciado.
6. Busque ajuda profissional
Como Escolher seu Psicólogo
Nesse guia completo você vai conhecer tudo sobre psicólogos e psicoterapia. A escolha do psicólogo certo para você envolve diversos fatores. Descubra aqui.
COMO ESCOLHER O SEU PSICÓLOGO
Se você precisar de ajuda terapêutica para superar o término do seu relacionamento, não hesite em conversar com um psicólogo.
A terapia é a ferramenta ideal para você aprender a gerir emoções negativas, compreender os fatores que corroboraram para o término e fazer as pazes com a situação. Além disso, o psicólogo pode auxiliá-lo a seguir adiante sem que crenças nocivas sejam formadas e prejudiquem sua vida amorosa.
Essa ajuda emocional se torna ainda mais importante para quem saiu de um relacionamento abusivo ou teve um divórcio ou término de namoro turbulento. Essas experiências podem abalar a autoestima das pessoas, colocando-as em um estado de fragilidade emocional.
Na terapia, elas podem reconstruir a autoconfiança e processar situações ruins antes que se transformem em traumas emocionais.
Quem leu esse texto também se interessou por:
*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário