Os pais que enfrentam alguma dificuldade na relação com os filhos, principalmente no que se refere à educação, geralmente são bem-intencionados, mas não conseguem transmitir seus valores e normas de conduta.
Este cenário exige bastante diálogo e o acompanhamento com um psicólogo se faz necessário, não como um indicativo de que eles falharam, mas sim que precisam de auxílio para garantir uma vida em grupo harmoniosa e que proporcione maior inserção na sociedade e desenvolvimento de suas habilidades.
A educação de um filho não se limita a colocá-lo em uma escola ou garantir que tenha o dia inteiro ocupado com atividades esportivas ou de estudo.
A relação saudável ente um pai e seu filho é um trabalho construído desde os primeiros dias de nascimento, momento em que o bebê é extremamente dependente e confia em quem o cuida, aconselham os psicólogos.
Com o tempo, a independência chega, alguns cuidados diários não são mais necessários (escovar os dentes, tomar banho, vestir o calçado…), mas a confiança permanece.
O papel do psicólogo na orientação de pais
A orientação dos pais, em geral, apresenta diferentes objetivos, dos quais se destacam o ensino de habilidades específicas que auxiliam na criação dos filhos e o abandono de práticas e comportamentos negativos ligados à relação entre ambos.
A orientação é fruto de estudos e trabalhos de psicólogos e demais profissionais que ajudam na interação entre pais e filhos, em uma aliança amistosa em virtude do desenvolvimento da criança.
O psicólogo ajuda na correção e de forma preventiva, ensinando a agirem com medidas adequadas para diferentes contextos por meio da terapia. Ele orienta quanto às atitudes dos próprios pais e como buscar que os filhos apresentem um comportamento adequado.
Quando eles apresentarem ações que demostrem aquilo que consideramos um bom comportamento, devemos ressaltar essas ações, mostrando que esse é o esperado delas. Dessa forma, elas aprendem que é algo recompensador se comportar da maneira que os pais esperam.
A orientação parte da premissa que os pais precisam de entendimento para que possam modificar a conduta de seus filhos, e assim aprenderão como agir em diversas situações.
Isso ocorre porque, à medida que uma pessoa toma conhecimento de sua forma de agir e de quais são as suas consequências, ela estará apta a mudar suas ações, ampliando as capacidades de relacionamento.
Alterações positivas na conduta dos pais irão refletir na mudança do comportamento da criança.
Em qualquer idade, escutar o que o filho tem a dizer exige disponibilidade, entendimento e sensibilidade – sentimento chamado empatia, quando é possível se colocar no lugar do outro e o compreender sem fazer críticas destrutivas, mesmo que o propósito seja educacional.
Objetivos da Orientação de Pais
Em linhas gerais, é possível obter mudanças comportamentais tanto no curto quanto no longo prazo. Os principais objetivos são:
No curto prazo:
- Aplicar técnicas específicas de comportamento;
- Aplicar medidas educativas ao invés das medidas coercitivas;
- Aplicar e ampliar as possibilidades de interações indicadas tanto aos pais quanto aos filhos;
- Alterar atitudes problemáticas.
No longo prazo:
- Prevenção de comportamentos antissociais;
- Estimular a autonomia dos filhos;
- Estimular relações sociais mais proveitosas;
- Ensinar valores, condutas e práticas que levem a criança em direção à felicidade.
Orientar os pais através de um psicólogo permite uma relação mais proveitosa com os filhos, viabilizando o aprendizado de habilidades, valores e ações que os capacitam para tomarem decisões positivas, conduzindo suas vidas de forma a serem agentes de sua própria felicidade.
Eles devem se sentir no controle e responsáveis por um comportamento esperado e defendido pela sociedade como um todo.
Para isso é importante que as medidas praticadas pelos pais apresentem consistência e tenham o objetivo de trazer benefícios ao aprendizado de seus filhos.
Em suma, a ajuda do psicólogo capacita os pais a lidarem com questões que permeiam a interação com seus filhos.
São promovidas situações de aprendizado e de construção da autoestima e da autonomia das crianças. Por meio das orientações é possível modificar definitivamente a relação entre pais e filhos.
Distanciamento emocional
Em todas as etapas da vida, o ser humano precisa de alguém em quem possa confiar e essa condição não é diferente com crianças mais velhas e adolescentes – faixas etárias que mais buscam ajuda de um psicólogo.
Segredos, angústias, decepções, traumas, sofrimentos e ações inadequadas à sociedade fazem parte da vida de todo o mundo, mas adultos normalmente possuem mais bagagem para lidar com essas situações.
Crianças e adolescentes ainda estão em processo de aprendizado, por isso críticas negativas e interjeições como “você não tem idade”, “você ainda não tem essa capacidade”, “vai ficar de castigo para aprender” são as maiores causas do distanciamento entre pais e filhos.
Qual é a atitude mais esperada do ser em desenvolvimento? Não comentar, não conversar, não pedir opinião, não desabafar, e assim por diante.
Nesse momento, pais não conhecem mais as ideias e vontades dos filhos, muitas vezes alcançando um ponto tão crítico que mudanças comportamentais ficam evidentes quando o caminho é de difícil retorno.
Diálogo genuíno
A relação presencial, o toque, as palavras de carinho e ensinar o que é realmente preciso saber são atitudes preventivas de um caminho sem volta e que não estão muito presentes na atualidade.
A realidade é que as relações entre os seres humanos estão imediatistas, sempre facilitada pelo uso de computadores, tablets, smartphones, etc.
Exercitar o “escutar com atenção”, de modo a fazer perguntas demonstrando real interesse sobre o que acontece com o filho é muito diferente do que fazer longos e entediantes questionamentos que invadam a privacidade da criança/adolescente.
Quando precisar comunicar seu sentimento em relação a alguma coisa feito pelo filho, é possível tentar dessa maneira:
- Diga o que está sentindo (a emoção), por exemplo, se está triste, nervoso, com raiva, indignado, decepcionado, etc.
- Explique o que acha, a partir do seu ponto de vista. Exemplo: conte que ele foi a uma festa e o combinado era chegar até meia noite, porém passou do horário.
- Dê sugestões para mudanças e aponte os benefícios. Sugira que, se for passar do horário, avise, mas que sempre espera que o combinado seja cumprido, assim, a confiança permanecerá entre os dois.
O que é a Psicoterapia Familiar?
É uma terapia realizada para melhorar a comunicação entre pais e filhos. Em muitas situações, ambos não têm habilidades e ferramentas para manter um diálogo aberto e tranquilo, ou seja, alguma das partes tem que aprender a ceder, expressar seus sentimentos de forma clara, a fim de dar a oportunidade para que o outro comece a fazer o mesmo.
O objetivo principal da terapia é auxiliar a família na conquista ou reconquista de relações harmoniosas, saudáveis e respeitosas entre eles. Trabalhar a integração entre as partes ajuda com o reconhecimento da importância do outro em sua vida.
O que é a Psicoeducação?
A psicoeducação é ferramenta ou procedimento usado pelo psicólogo com a função de simplificar a queixa do paciente.
O psicólogo demonstra ao paciente a sua patologia em todo o contexto, afim de que o paciente entenda e passe a colaborar ativamente com todo o processo terapêutico.
Dessa forma o paciente consegue, durante as sessões de psicoterapia, discutir sobre a sua queixa e encarar de melhor forma seu tratamento.
A psicoeducação explica que se o paciente entende a doença e seu processo ele conseguirá agir de modo com que consiga evitar seus sintomas que podem ser expressos em crises, por exemplo.
O paciente que entende a doença e seu processo consegue se cuidar melhor.
Como a psicoeducação é aplicada no tratamento?
Os Psicólogos
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A EQUIPE DE PSICÓLOGOS
A psicoeducação pode ser aplicada de diversas maneiras. Há quem a entenda melhor através de imagens, ou memoriza mais facilmente quando escuta.
É papel do psicólogo descobrir qual o perfil e personalidade do seu paciente afim de aplicar da melhor maneira possível a explicação da doença. Portanto, podem ser feitas através de áudios, slides, filmes, flyers etc.
Essa educação pode ser também aplicada à família do paciente. A instrução sobre a doença ou queixa e seus sintomas aos familiares é de suma importância na eficácia do tratamento.
Juntamente com o processo da terapia há, em alguns casos, também a inserção de medicamentos farmacológicos (sempre receitados por um médico) que auxiliam no controle dos transtornos citados no início.
Portanto a psicoeducação é uma grande aliada na função de fazer com que o paciente venha a aderir aos medicamentos necessários.
O conhecimento do paciente sobre a sua doença e seus sintomas ajudam muito quando necessário inseri-los, porque ele entende o porquê dos medicamentos e como irão ajuda-los.
Com a psicoeducação o processo de tratamento flui de forma mais natural e efetiva, uma vez que conta com a total ajuda do paciente. Se você tiver alguma queixa, procure a ajuda de um profissional e dê início ao processo de terapia.
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