domingo, 24 de outubro de 2021

Blefaroespasmo em 2021 – Neurologia Integrada

Entenda o que é o blefaroespasmo e conheça diversas formas de tratá-lo 

 

Apesar de não ser um nome tão popular, o blefaroespasmo, também conhecido como blefaroespasmo essencial benigno, é um quadro de fácil compreensão.  

Esse quadro corresponde a uma distonia e consiste na presença de movimentos involuntários dos olhos, ocasionados por espasmo dos músculos perioculares, de maneira que a pessoa, por exemplo, pisca repetidas vezes de forma descontrolada. 

É comum também a presença de tremores palpebrais nesse quadro, que são frequentemente ligados ao cansaço e ao estresse. 

Segundo o Jornal da Universidade de São Paulo (USP), essa condição aparece de forma mais frequente após os 40 anos e afeta uma a duas pessoas a cada 100 mil, sendo mais comum nas mulheres. 

Essa condição pode trazer prejuízos à visão e às atividades cotidianas. Por isso entendê-la melhor pode possibilitar a procura por auxílio médico mais adequado e uma intervenção precoce no quadro de blefaroespasmo. 

 

O que é o blefaroespasmo? 

O blefaroespasmo é um transtorno de causa neurológica e de origem não genética. Seu diagnóstico não é tão simples, pois muitas vezes esse quadro é associado a outras doenças associadas à visão (oftalmológicas). 

Nesse quadro, como citado, ocorre a contração involuntária dos músculos perioculares, que, por consequência, leva a ocorrência de movimentos involuntários nos olhos e até mesmo em parte da face. 

A contração involuntária, a longo prazo, pode trazer prejuízos à visão, uma vez que, geralmente, deixa a visão mais irritada e ressecada, além de também poder atrapalhar a produção lacrimal. 

As causas são associadas muitas vezes ao cansaço, à falta de sono ou ao uso exagerado de telas. Entretanto, ainda existem alguns casos em que esse quadro pode ser de causa desconhecida e se tornar crônico. 

 

Quais os sintomas do blefaroespasmo? 

Alguns dos sintomas já foram citados, mas podem ser organizados de forma mais clara, sendo os principais: 

 

  • Fechamento involuntário dos olhos; 
  • Ressecamento e irritação dos olhos; 
  • Sensibilidade à luz, entre outros. 

 

Quando esse quadro se torna crônico, uma possível consequência é o relaxamento da pálpebra, levando a uma ptose palpebral, que é a queda da pálpebra em cima dos olhos. 

Todos esses sintomas podem causar muita debilidade ao paciente, o prejudicando em diversas funções cotidianas que envolvam uso visual, como dirigir, ler, entre outros. 

Vale destacar que, caso não seja tratado, o blefaroespasmo pode evoluir, tendo sintomas cada vez mais intensos. 

É importante, também, analisar se além dos tremores palpebrais há tremores em outras regiões do corpo, podendo estar relacionado a outras doenças que não o blefaroespasmo, como o Parkinson. 

Independente da associação de sintomas, a presença do tremor por um tempo prolongado e sem melhora indica a necessidade de procurar um auxílio médico. 

 

Qual o tratamento para o blefaroespasmo? 

 

Os tratamentos irão variar de acordo com as causas do blefaroespasmo, sendo as três principais: 

Mudanças de hábito 

Nos casos relacionados ao estresse e cansaço, algumas mudanças de hábito como descansar, diminuir situações estressantes, entre outros, podem ser suficientes para reduzir as contrações involuntárias. 

 

Uso de Toxina Botulínica

Entretanto, caso os sintomas não desapareçam ou caso seja uma situação crônica de blefaroespasmo, em que não há cura, um dos tratamentos é a aplicação de bo tox (toxina botulínica) na região, uma vez que isso possibilita o relaxamento dos músculos perioculares. 

A toxina botulínica usada no bo tox é obtida a partir de uma bactéria, a Clostridium botulinum. Essa bactéria é a responsável pelo botulismo e apesar de ser uma infecção séria e causar grandes danos, a manipulação da toxina no meio médico é algo muito bem estruturado, uma vez que se utilizam doses baixas e componentes adequados. 

Assim, o uso do bo tox além de oferecer uma melhora no mal estar, evita também consequências maiores, como irritação visual ou a ptose palpebral. Além disso, essa intervenção pode possibilitar o retorno de algumas atividades cotidianas, que anteriormente eram difíceis de serem desempenhadas pela dificuldade visual. 

 

Intervenção cirúrgica 

Existem, porém, casos em que nenhuma das intervenções citadas é resolutiva. Nessas situações, há ainda uma outra alternativa: a intervenção cirúrgica. 

Por isso, ao perceber tremores e contrações involuntárias das pálpebras, principalmente quando isso se estende a longo prazo, é extremamente importante consultar-se com um médico. Isso porque o blefaroespasmo pode agravar e causar consequências mais graves. 

 

Agende um horário e marque uma consulta.

Saiba mais sobre Blefaroespasmo.

Saiba mais sobre a aplicação de Toxina Botulínica em Espasmo Facial.

 

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