Você sabe o que é a síndrome das pernas inquietas? Descubra aqui tudo sobre essa condição clínica e como a polissonografia pode ajudar
Os problemas que dificultam o sono e o período de descanso são muitos, mas o resultado costuma ser o mesmo: cansaço e sonolência no dia seguinte. Assim, as tarefas do dia a dia que muitas vezes precisam de atenção e dedicação, acabam sendo prejudicadas.
Para quem possui a síndrome das pernas inquietas, as consequências podem ser ainda piores. Isso porque além de não conseguir dormir direito à noite, essas pessoas sofrem com os movimentos da musculatura também em alguns momentos do dia.
Assim, ter um bom diagnóstico e encontrar tratamentos e soluções eficazes para esse quadro clínico é o desejo de todos que sofrem com ele. Mas antes de trazer mais informações sobre isso, confira a seguir o que caracteriza essa condição.
Síndrome das pernas inquietas – o que é?
Esse quadro, também conhecido por Síndrome de Ekbom, é caracterizado principalmente pela agitação involuntária dos membros inferiores, ou seja, a pessoa que sofre com essa síndrome sente uma vontade urgente de mexer as pernas, sem conseguir controlar.
O principal momento do dia em que esse sintoma aparece é a noite, visto que essa agitação dos membros inferiores se manifesta nos momentos de repouso. Assim, o indivíduo enfrenta dificuldades para dormir, além de muitas vezes atrapalhar o sono da pessoa com quem divide a cama.
Para além dos momentos noturnos, a inquietação também aparece ao estar mais quieto, como nas pessoas que trabalham sentadas, ou ao ir a um restaurante ou ao cinema, por exemplo.
Somado a inquietação dos membros inferiores, outros sintomas são dor, arrepios, formigamentos ou pontadas nessas regiões do corpo. Por isso, encontrar um tratamento que amenize a síndrome das pernas inquietas é um dos maiores desejos de quem sofre com esse quadro.
O que causa a síndrome das pernas inquietas?
Apesar de muitos casos possuírem causa idiopática, ou seja, não há razão definida, já se sabe que algumas condições e fatores podem estar relacionados ao aparecimento desse quadro. Alguns deles são:
- Fatores genéticos;
- Baixos níveis séricos de ferro e ferritina;
- Alcoolismo;
- Deficiência de dopamina;
- Gravidez;
- Artrite reumatóide;
- Doenças renais;
- Diabetes;
- Neuropatias periféricas;
- Doença de Parkinson;
- Anemia, entre outros.
Além disso, alguns hábitos também podem piorar os sintomas de quem já tem essa síndrome, como o tabagismo, o alcoolismo, cafeína em excesso e alguns medicamentos.
Assim, se você já possui diagnóstico desse quadro, converse com seu médico sobre os hábitos que podem ajudar a amenizar os sintomas.
Polissonografia – por que fazer?
O exame da polissonografia, que nada mais é do que o exame do sono, atua monitorando o organismo do paciente enquanto ele dorme. Dessa forma, vários testes são feitos durante esse período, possibilitando diagnosticar diversas irregularidades do sono.
Alguns dos testes comumente realizados são:
- Eletrocardiograma;
- Eletroencefalograma;
- Eletrooculograma;
- Eletromiograma;
- Oximetria;
- Sensor de ronco;
- Sensor de movimento dos membros inferiores.
A importância de realizar uma polissonografia é identificar exatamente quais distúrbios estão ocorrendo enquanto o paciente dorme e se existe a ativação involuntária dos membros (a famosa síndrome das pernas inquietas). Isso porque, em muitos casos, o indivíduo acorda cansado e permanece sonolento durante o dia, mas não consegue identificar o que tem atrapalhado o sono.
Na situação de quem sofre com a síndrome das pernas inquietas, a não percepção do que tem incomodado normalmente ocorre no início do aparecimento dos sintomas, quando eles são mais leves e apenas durante a noite.
A polissonografia atua nesse contexto como a solução para auxiliar no diagnóstico dessa condição. Dessa forma, ao saber exatamente se o paciente possui a síndrome das pernas inquietas ou se tem algum outro quadro associado, o tratamento e os hábitos a serem incluídos no dia a dia se tornam mais eficazes.
Como amenizar a síndrome das pernas inquietas?
Após realizar o diagnóstico preciso a partir da polissonografia, o próximo passo é identificar se há algum fator ou doença prévia que pode estar desencadeando a síndrome das pernas inquietas. A condição clínica mais comum nesses casos é a deficiência de ferro.
Assim, em primeiro plano, o tratamento deve controlar esses quadros prévios, se houver algum. Outras orientações comuns para esses pacientes é incluir a prática de atividade física aeróbica na rotina do dia a dia. Além disso, evitar a cafeína em excesso e o uso do tabaco também é essencial.
Por fim, algum medicamento pode ser prescrito, a depender do caso e da orientação do seu médico. Nesse contexto, algumas escolhas são os benzodiazepínicos, agentes dopaminérgicos ou anticonvulsivantes.
Caso você se identifique com essa situação, agende hoje mesmo uma consulta com um especialista em sono!
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